Onychoprion fuscatus
Outros nomes: gaivina-de-dorso-preto
Facilmente identificável, quer devido à sua morfologia, onde sobressaem as suas asas pontiagudas, a cauda bifurcada e o bico preto; quer pela cor da sua plumagem, com as partes superiores pretas e as partes inferiores brancas, com excepção das remiges e das rectrizes escuras.
Identificação
Comprimento corporal e envergadura 10-15% maiores do que os de um garajau-comum. A diferença é visível a olho nu. O dorso e as asas, compridas e pontiagudas, são pretos (embora o preto não seja tão intenso como no barrete), sendo a garganta, o peito, o abdómen, as coberturas infra-caudais e as coberturas inferiores das asas brancos. Possui um barrete preto-puro, envolvendo os olhos. Contudo, a testa fica branca, com o branco a chegar acima (mas nunca atrás) dos olhos, fazendo com que uma faixa preta saia do barrete acima do olho e cubra o mesmo antes de acabar na base da mandíbula superior. O bico e as patas são pretos. A cauda é bifurcada, com as guias mais compridas do que as de um garajau-comum.
Abundância e calendário
Estival nidificante. Espécie colonial na sua área normal de distribuição. Espécie pantropical. Os Açores constituem o limite norte da sua distribuição mundial. A presença do garajau-de-dorso-preto no arquipélago é conhecida desde 1902. No entanto, e apesar da espécie ser muito abundante nas zonas tropicais, a população açoriana parece nunca ter ultrapassado dois casais reprodutores, os quais nidificam no meio dos garajaus. Nidifica apenas no Ilhéu da Vila (Santa Maria) ou, ocasionalmente, no Ilhéu da Praia (Graciosa), entre o final de Abril e o início de Setembro. Ao contrário dos garajau-comum e dos garajaus-rosados, o tamanho da postura é de apenas um ovo.
Onde observar
Entre o final de Abril e o início de Setembro no Ilhéu da Vila (Santa Maria) ou, ocasionalmente, no Ilhéu da Praia (Graciosa). Uma vez que o desembarque nos ilhéus é proibido, convém observar as aves a partir do mar (Santa Maria e Graciosa) ou de terra (Graciosa).
Aves dos Açores 