Mais do que um monte elevado em concreto, este topónimo “designa” toda uma zona à sua volta. Também conhecida por “Matos de São João”, esta extensa área caracteriza-se pela agro-pecuária extensiva, onde as pastagens regularizadas convivem com os prados semi-naturais, pontuados aqui e ali por pequenas turfeiras e charcas, por sebes e bosquetes de vegetação natural, assim como por manchas, ainda, extensas de vassouras (Erica azorica).
Embora não seja um dos habituais spots de birdwatching, esta zona tem um bom potencial para a observação/fotografia de aves, sobretudo de patos, sendo ainda, provavelmente, o melhor local em Portugal onde observar a galinhola.
Adicionalmente, merece também uma especial referência, a existência da espécie vegetal mais ameaçada dos Açores: o raríssimo, e mítico, teixo Taxus bacatta, existindo na zona alguns exemplares.
Especialidades: galinhola, melro dos Açores, vinagreira, ferfolha, canário-da-terra, tentilhão dos Açores.
Outras espécies: garça-real, marrequinha, narceja-comum, milhafre, pombo-torcaz dos Açores, lavandeira, toutinegra dos Açores, estorninho dos Açores.
Raridades: marrequinha-americana, marreca-d’asa-azul, abibe-comum, narceja de Wilson, falcão-peregrino, tordo-zornal.
Visita: vindo de São Roque ou das Lajes pela Transversal, após entrar na Longitudinal, no sentido Madalena, virar à esquerda (à direita para quem vem da Madalena) no antigo posto de leite em frente ao Cabeço do Teixo. A partir deste momento entramos na zona em epígrafe, onde seguindo pela estrada, a pé ou de carro, podemos ir observando charcas, pastagens e pequenos bosques. Para quem vem das Lajes, pela Tranversal, poderá também optar pela abordagem sul, virando à esquerda ao km 9, em direcção ao Pico da Urze, por uma estrada alcatroada que conduz inevitalmente à Longitudinal.
Melhor época: Espécies invernantes (Outubro a Março); espécies residentes (Março a Junho).
Ilha: Pico
Conselho: Lajes
Aqui perto: Lagoa do Capitão.