Marrequinha

Anas crecca

Este anatídeo, o mais pequeno do Paleártico Ocidental, é o pato mais comum dos Açores, formando por vezes pequenos bandos, que chamam a atenção pelo seu voo, “assobiado” e rapidíssimo, fazendo muitas vezes pensar em limícolas.

Identificação

À semelhança de outros patos, a fêmea é pardaçenta e, devido ao seu tamanho, apenas se pode confundir com a fêmea de marreco ou de marrequinha-americana. Os machos apresentam cores mais vivas, sendo a sua cabeça de cor ferrugínea, com uma lista verde em forma de vírgula; o dorso, assim como grande parte do seu corpo é castanho-acinzentado; as penas infra-caudais são de um amarelo vivo, pormenor facilmente visível quando as aves são observadas pousadas; o peito é amarelado, e o seu ventre esbranquiçado. Em voo, ambos os sexos, apresentam um visível “espelho” alar verde, bordejado por duas faixas brancas. Atenção a possíveis confusões com a marrequinha-americana, onde as fêmeas e juvenis destas duas espécies são muito semelhantes e os machos adultos se distinguem facilmente pela barra lateral branca, presente nas aves americanas.

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Abundância e calendário

Invernante. No passado poderá ter nidificado no arquipélago dos Açores, no entanto não são conhecidos registos da sua reprodução em data recente. Embora as primeiras marrequinhas comecem a ser observadas em Setembro, é a partir de meados de Outubro que se observam em maior número, sendo normal registarem-se bandos de várias dezenas de indivíduos. Em algumas lagoas mais sossegadas podem observar-se as mesmas aves durante todo o Inverno, por vezes até ao início de Abril.

Onde observar

Flores: Lagoa Branca, Lagoa da Lomba, Lagoa Comprida, Lagoa dos Patos.

Corvo: Caldeirão (existem observações de várias dezenas de indivíduos).

Faial: Lagoas de Pedro Miguel e Caldeira.

São Jorge: Fajã dos Cúbres.

Pico: Plataforma Costeira das Lajes, Pico da Urze (em algumas charcas da zona conhecem-se observações que ultrapassam as duas dezenas de indivíduos), Lagoa do Paul (aqui são conhecidas observações de bandos de mais de 30 indivíduos), Lagoa do Capitão, Lagoa do Caiado, Lagoa do Peixinho.

Graciosa: Poços de Santa Cruz, Senhora da Saúde.

Terceira: Paul da Praia, Cabo da Praia (é conhecida uma observação com cerca de 40 indivíduos), Reservatório do Cabrito, Lagoa do Junco, Lagoa do Ginjal, Lagoa do Negro, Alagadiços (neste local são conhecidos registos com mais de duas dezenas de aves), Lagoa do Pico dos Pedreiros (aqui são conhecidas observações com cerca de 30 indivíduos), Baía de Angra do Heroísmo.

São Miguel: Sete Cidades, Lagoa Rasa, Lagoa das Canas, Fajã de Cima, Lagoa de São Brás, Lagoa do Fogo, Achada das Furnas (em algumas charcas da zona são conhecidas observações frequentes de mais de 30 indivíduos), Lagoa Seca, Lagoa das Furnas (são conhecidos registos regulares de muitas dezenas de indivíduos, com observações ultrapassando por vezes 100 aves).

Santa Maria: Aeroporto de Santa Maria, Ribeira Seca (nesta zona são regulares observações com mais de duas dezenas de indivíduos), Ribeira de São Francisco.

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