Lagoa do Paul

Não fosse uma maltratada estrada de alcatrão, desviada da estrada principal, e esta seria mais uma lagoa “perdida” na imensidão dos matos do Planalto Central do Pico. Mas o alcatrão provoca destes contrapontos: se por um lado facilita quem utiliza (e faz pela vida) os locais, por outro lado perverte  e despoetiza a sensação de intocabilidade e pureza dos mesmos.

A lagoa, assim como a sua área envolvente, composta por pastagens povoadas de charcas, de juncos, e por matos de cedro e vassoura, é um óptimo local para a observação de passeriformes, de galinholas e narcejas, assim como para um potencial encontro com algumas espécies de patos ou limícolas migradoras.

Especialidades: galinhola, narceja-comum, melro, lavandeira, ferfolha, tentilhão dos Açores.

Outras espécies: marrequinha, piadeira, milhafre, perna-verde, toutinegra dos Açores, vinagreira, canário-da-terra.

Raridades: marrequinha-americana, marreca-d’asa-azul, piadeira-americana, zarro-de-colar, narceja de Wilson, perna-amarela-pequena, pilrito-de-colete.

Visita: o acesso pela Longitudinal/Transversal, a partir da Madalena (32 km); ou Transversal, a partir de São Roque (19 km) e Lages (18 km), é muito fácil e acessível circulando sempre por estrada alcatroada. A partir de Madalena, de São Roque ou das Lages, é seguir na direcção do parque eólico/lagoas, até encontrar a Lagoa do Caiado à esquerda. Algumas centenas de metros à frente, virar à direita, atentando numa discreta placa que indica Lagoa do Paul, seguindo sempre o alcatrão até encontrar a lagoa.

Estando a zona sujeita ao regime cinegético, entre Outubro e Janeiro, a observação de aves no local poderá ser condicionada por este facto, sobretudo ao Domingo, “o dia de caça” por excelência.

Melhor época: espécies residentes (Março a Julho); espécies migradoras/invernantes (Outubro a Março).

Distritos: Açores

Concelhos: Lajes do Pico

Onde fica: Grupo Central – Pico

Aqui perto: Lagoa do Caiado, Lagoa do Capitão, Lagoa do Peixinho, Lagoa Rosada

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