Garça-branca-pequena

Egretta garzetta

Tal como seria de esperar de uma garça, esta ave é bonita, graciosa e “usa” pernas, pescoço e bico compridos. Pescadora solitária e paciente, espera pela maré baixa para fazer emboscadas em águas paradas nas rochas. Noutras ocasiões arrisca mais e caça junto à rebentação.

Identificação

Tal qual o seu nome indica esta garça é pequena, de dimensões claramente inferiores à garça-real e à garça-branca-grande. Comparando-a com as garças que visitam regularmente os Açores, apenas é maior que o carraceiro.

Todas as suas penas são brancas e límpidas. No peito são mais compridas e formam um penacho, numa espécie de babete. Também na parte posterior da cabeça se podem observar dois penachos alongados, mas apenas durante a época de reprodução.

O seu bico é preto e direito e os olhos são amarelos. As patas são igualmente pretas, mas os dedos, bastante característicos, são amarelos-vivos.

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Em caso de dúvida na identificação desta espécie no campo é de lembrar que tanto a garça-branca-grande como o carraceiro têm o bico amarelo. Já as patas, são todas amarelas no carraceiro e escuras na garça-branca-grande.

Abundância e calendário

Invernante/Migrador de Passagem. Em alguns locais pode ser vista durante quase todo o ano, contudo, o período de ocorrência regular vai de Setembro a Abril. Entre as espécies não residentes nos Açores, esta é uma das mais comuns, sendo fácil de avistar. No entanto não se observam grandes grupos. Nos melhores locais podem encontrar-se (ainda que dispersas), 5 a 7 garças (existindo uma observação de 13 inds. perto da Lagoa do Junco), mas o mais habitual nos Açores é observarem-se aves isoladas.

Onde observar

Pode ser observada em todas as ilhas dos Açores. Prefere habitats costeiros, extensões de rocha vulcânica periodicamente alagadas durante a maré alta e expostas com o recuo das águas na baixa-mar. Gosta particularmente de se alimentar em águas rasas, nomeadamente na zona de batimento das ondas, em piscinas naturais e pequenas poças, portos de pesca e na foz de ribeiras. Ainda que em menor número, é observada com frequência em pauis, lagoas e charcas nas pastagens.

Flores – Fajazinha, Fajã Grande, Ponta Delgada, Santa Cruz e Lajes.

CorvoVila Nova do Corvo, no porto de pesca e na praia.

Faial – Porto da Feteira, piscinas naturais de Castelo Branco, Baía da Horta, Baía de Porto Pim e Praia do Almoxarife.

Pico – Costa Oeste da Madalena, Plataforma Costeira das Lajes do Pico e Cais do Pico.

São Jorge – Zona costeira das Velas, Calheta, Fajã do Ouvidor, Fajã dos Cubres e Fajã da Caldeira de Santo Cristo.

Graciosa – Praia, Santa Cruz, Cais da Barra e piscinas naturais do Carapacho.

Terceira – Negrito, São Mateus, Baía de Angra do Heroísmo, Biscoitos, Lagoa do Ginjal, Lagoa do Junco, Paul da Praia, Praia da Vitória, Cabo da Praia, Praia da Riviera, Porto de pesca da Praia da Vitória, Paul de Belo Jardim, Ponta das Contendas.

 São MiguelMosteiros, Sete Cidades, ETAR de Ponta Delgada, Porto de Ponta Delgada, Fajã de Cima, São Roque, Lagoa, Caloura; Ilhéu, Porto e Zona Costeira de Vila Franca do Campo, Ribeira Grande, Ribeira Quente, Lagoa das Furnas, Achada das Furnas e Povoação.

Santa Maria – Praia Formosa, Baía de São Lourenço, Castelo e Baía da Maia, Baía dos Anjos, Porto de Vila do Porto e Foz da Ribeira de São Francisco.

Uma resposta a Garça-branca-pequena

  1. José Arruda diz:

    Está de visita ao Campo de Golfe da Batalha esta manhã, facto que muito me agradou só é pena que esteja na presença de um bando da chamada gaivota comum (cinzenta).

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