Mareca penelope
Trata-se de um pato de tamanho médio, relativamente comum, e, embora os machos adultos tenham uma plumagem bastante apelativa, pouco conhecido pela população em geral.
Identificação
Na plumagem de adulto, macho e fêmea são fáceis de identificar, pois os machos têm uma plumagem cinzenta, e distintivamente preta e branca na zona da cauda, sendo a cabeça arruivada, com a testa amarelo-torrado. Em voo, o seu padrão alar, com um branco muito conspícuo tornam-no facilmente identificável, mesmo entre as diversas espécies de anatídeos possíveis (atenção porém, às semelhanças com o macho de piadeira-americana). As fêmeas e os juvenis (também muito semelhantes a espécie europeia e americana) apresentam uma plumagem mais castanho-arruivado. Em voo fazem-se notar pelo ventre e interior das asas brancos e, em determinadas perspectivas, apresenta uma silhoeta característica devido à sua cauda pontiaguda. O bico, em ambos os sexos, é acinzentado com a ponta preta.
Abundância e calendário
Invernante. Trata-se, provavelmente, a seguir à marrequinha, do pato de ocorrência mais regular nos Açores, sendo conhecidos registos de bandos com algumas dezenas de indivíduos observados.
Onde observar
Flores: Lagoa Branca, Lagoa da Lomba, Lagoa dos Patos
Corvo: Caldeirão
Faial: Lagoas de Pedro Miguel
São Jorge: Fajã dos Cúbres
Pico: Plantaforma Costeira das Lajes, Lagoa do Capitão, Lagoa do Caiado, Lagoa do Paul, Lagoa do Peixinho.
Graciosa: Senhora da Saúde, Poços de Santa Cruz.
Terceira: Paul da Praia, Cabo da Praia, zona da Lagoa do Junco (sobretudo na Canada do Quinhão Grande), Reservatório do Cabrito, Lagoa das Narcejas.
São Miguel: Lagoa Azul, Caldeira do Alferes, Fajã de Cima, Lagoa das Furnas, Achada das Furnas (sobretudo em Lagoa dos Espraiados e Pico do Gato).
Santa Maria: Foz da Ribeira de São Francisco, Aeroporto (em especial na Lagoa do Ginjal e Cova do Areão), Ribeira Seca.