Tentilhão dos Açores

Fringilla coelebs moreletti

Outros nomes: sachão (Santa Maria); tentilhão (Continente)

Considerado como uma subespécie do tentilhão-comum, presente em território continental, o tentilhão dos Açores apresenta diferenças notórias na coloração da plumagem e ligeiras diferenças a nível morfológico.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Identificação

De tamanho semelhante a um pardal, mas um pouco mais robusto, o tentilhão dos Açores possui um bico cónico e forte, cor-de-chumbo. Na plumagem do macho predominam tons cinzento-azulados, contrastantes com o dorso esverdeado e com a face e peito alaranjados. A partir de Janeiro e durante o período reprodutor, os machos adultos apresentam uma “mascarilha” pronunciada nos olhos.

As fêmeas têm uma plumagem mais discreta, em tons castanhos, com excepção do dorso, geralmente esverdeado.

Ambos os sexos apresentam um padrão preto-e-branco nas asas, bem como branco na parte lateral da cauda, características que facilitam a identificação desta espécie em voo, o qual é vigoroso e ondulante.

Apesar de emitir diversos chamamentos, realizados com diferentes funções, mais ou menos difíceis de distinguir das restantes espécies, o canto típico do macho é bastante característico e fácil de memorizar.

Alarme

Canto

Chamamento

Em voo

Outro chamamento

Abundância e calendário

Subespécie endémica. Residente. É provavelmente o passeriforme mais abundante dos Açores, presente em todas as ilhas e em praticamente todos os habitats. Espécie predominantemente florestal, mas é bastante frequente vê-lo a alimentar-se em pastagens, em bandos que atingem, por vezes, dezenas de indivíduos. Convém, contudo, prestar atenção pois em diversas pastagens os bandos podem ser mistos de pardais e tentilhões.

Embora possa ser escutado durante quase todo o ano, o seu canto característico começa a ouvir-se com mais intensidade a partir de Fevereiro, até finais de Junho.

Onde observar

Em todas as ilhas dos Açores, desde o nível do Mar até às zonas de montanha, inclusive nas zonas mais altas da Montanha do Pico. É, contudo, mais abundante em áreas florestais e parques urbanos. Numeroso em pastagens desde que tenham uma boa disponibilidade de árvores na redondeza.

É fácil observá-lo de perto, perfeito para uma boa “binoculada” ou para uma fotografia de postal, dado ser pouco temeroso e se ter habituado aos generosos donativos da presença humana em miradouros, parques de merendas e jardins públicos.

Deixe um comentário