Vinagreira

Erithacus rubecula

Outros nomes: papinha, papinho (Faial); santantoninho (São Miguel); paipalo, paipolo; papalvo, passatico (Monte/Criação Velha, no Pico); pintassilga (Terra do Pão, Pico); xincherica (Cinco Ribeiras, Terceira); caixinha (Santa Maria); pisco-de-peito-ruivo (Continente).

Muitos são os nomes com que diferentes localidades dos Açores baptizaram este passeriforme. A proximidade do seu habitat com o homem e o seu aspecto pequeno, aprumado e de cores contrastantes, fazem desta ave uma das mais familiares das populações açorianas.

Pensa-se que a colonização do arquipélago por esta espécie é relativamente recente, dado tratar-se do único passeriforme da avifauna natural que não tem estatuto taxonómico de subespécie endémica, e não ocorre nas ilhas mais distantes do continente europeu (Flores e Corvo).

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Identificação

É a cor alaranjada da sua garganta, faces e peito que melhor a distinguem. Esta cor viva contrasta com a restante coloração pardacenta, reflectida na sua parte superior pelo tom castanho-esverdeado, o abdómen branco e as partes laterais do peito cinzentas-claras. As suas patas são castanhas, da mesma cor que  o bico, curto e fino, adaptado à sua dieta insectívora. Embora apresente, regra geral, um comportamento discreto, empoleira-se no topo de ramos, muros e locais altos para exibir o seu canto melodioso, bem como saltita no solo em busca de alimento.

Alarme

Canto

Chamamento

Abundância e calendário

Residente. É uma espécie abundante, contudo face ao seu forte comportamento territorial não se vêem grandes concentrações, sendo a maioria das observações de um ou dois indivíduos (casal). Durante a época de nidificação são de observação mais fácil, por a sua localização no campo ser denunciada pelo canto do macho. Ocorrem numa elevada diversidade de habitats desde zonas florestais (natural ou exótica), a campos agrícolas, pastagens, quintais, jardins e parques-urbanos.

Onde observar

Em todas as ilhas dos Açores menos nas Flores e Corvo, desde o nível do Mar até zonas de montanha, com excepção das zonas mais altas da montanha do Pico. Ocorre tanto em pastagens como em zonas florestais, contudo mostram uma tendência por locais mistos, de zonas abertas com vegetação lenhosa, onde utilizam os solos para se alimentar e as árvores e arbustos como poleiros de canto.

Pela variedade de habitats que ocupam são de fácil observação em todas as ilhas. Destacam-se as zonas de pastagens, quintais, jardins e parques-urbanos.