Mocho

Asio otus

Outros nomes: coruja, bufo-pequeno (Continente)

Embora com uma ampla distribuição por todas as ilhas do Grupo Oriental e Central, trata-se porventura da mais desconhecida de todas as espécies terrestres que nidificam nos Açores.

Identificação

Se bem que com uma silhueta e postura muito diferentes, na realidade é pouco maior que um pombo. Na parte superior, a plumagem, finamente malhada, é castanha-amarelada, tendo a sua garganta, peito e ventre cores e um padrão semelhante. A cabeça possui característicos tufos auriculares (“orelhas”), sendo as faces arruivadas e os olhos cor-de-laranja. O bico é preto e curvo; as patas são castanhas-amareladas.

Abundância e calendário

Residente. Trata-se da única espécie de rapina nocturna dos Açores. É uma ave muito discreta, muito difícil de observar, sendo mais abundante do que habitualmente se pensa. Embora não seja conhecida a sua nidificação no Grupo Ocidental, existem alguns registos, raros, que testemunham a sua ocorrência.

Ocorre, preferencialmente, em parques e jardins urbanos, com árvores altas e frondosas, assim como grotas e vales muito arborizados perto de zonas costeiras com pastagens nas imediações. Parece evitar as cotas mais elevadas.

Onde observar

Com excepção das Flores e do Corvo, potencialmente, em qualquer ilha do arquipélago. Porém, sítios como o Jardim António Borges, Ribeira Grande, Água Retorta e Faial da Terra (São Miguel); Angra do Heroísmo, São Carlos, São Bartolomeu dos Regatos e Fontinhas (Terceira); zona do campo de futebol/piscinas da Horta e Monte da Guia (Faial); Madalena, Santo António e Lajes (Pico), são alguns dos locais de observação regular.

50 respostas a Mocho

  1. patricia correia diz:

    o que comem

    • Olá Patrícia,

      penso que nos está a fazer uma pergunta?

      A sua alimentação não é muito variada. Alimenta-se sobretudo de ratos, morcegos e pequenas aves. Sabe-se que, pelo menos em alguns países europeus, pode alimentar-se de presas maiores como, por exemplo, pombos e coelhos pequenos.

      Saudações

      • Andre diz:

        Nas Lajes do Pico vi o mocho a caçar morcegos nos telhados da Igreja

      • Bom dia André,

        Obrigado pelo seu comentário/informação. Essa observação é recente?

        Há alguns anos atrás (Junho ou Julho de 2005) observei um mocho a caçar morcegos no mesmo local.

        Boas observações

        Carlos Pereira

  2. jose´antonio melo diz:

    boas , na freguesia da maia pelas 9h quase todos os dias nos vemos 2 mochos a caçar pardais na palmeira do jardim da igreja da maia e nos jardins e quintas desta freguesia eu penso que o numero dos mochos estão a aumentar vê-se com mais facilidade.
    jose´antonio da silva melo.

    • Na realidade, eles são mais comuns do que se julga. No entanto são muito discretos e silenciosos (ao contrário de outras rapinas nocturnas). E como só se movimentam à noite existem poucos registos.

      Boas observações

      • J.Costa diz:

        Realmente existem mais do que as pessoas se parecem, na Terceira quando estou de serviço de noite principalmente por esta altura do ano vejo alguns, alguns sítios que vi nos últimos tempos:Sta luzia, Grota do vale, Canada do Funchal(São Bartolomeu), em São Bento nas árvores do ciclo…

        Cumps

  3. hélder diz:

    Moro nas Capelas e por trás da minha casa existe uma pequena mata “privada” onde já há anos um casal de mochos anda a nidificar, nunca os vi mas ouço o pio ou do macho ou da cria, a minha questão é ; Qual a melhor altura do dia ou a melhor forma de os tentar ver uma vez que a mata é relativamente pequena mas densa?
    Obg

    • Caro Hélder,

      penso que nesta altura do ano existem boas possibilidades de tratar-se de cria(s), embora seja durante os meses de Junho e Julho que costumam ouvir-se com mais frequência. É capaz de nos descrever, mais ou menos, o pio? Será uma coisa do género «hu, hu, hu», separado por curtos intervalos, ou uma espécie de “miado” agudo/guinchos “aflitivos”?

      Em relação a conseguir localizá-los durante o dia, diria que, pela nossa experiência, trata-se de uma tarefa muito, muito difícil. Pode acontecer, mas não é fácil, uma vez que estas aves costumam colocar-se em ramos altos das árvores, muito quietos e encostados ao tronco da árvore, acontecendo que, mesmo quando o “intruso” passa por baixo da árvore em questão eles permanecem quietos, confiados no seu mimetismo. Por vezes acontece, num acaso, ser(em) descoberto(s) (um) mocho(s) durante o dia, mas quase nunca quando o(s) procuramos…

      Se puder enviar-nos esses registos (com local/data/hora) ficar-lhe-emos muito agradecidos.

      Boas observações

  4. Cristiano Alexandre diz:

    Olá o meu nome é Cristiano Alexandre.
    e tenho duas questões que gostaria de colocar.
    Os mochos podem ser criados em cativeiro cá nos Açores?
    e a outra questão é caso a primeira seja possível.
    Poderia importar um casal de Carujas das neves, pelas quais sou apaixonado, aqui para os Açores?
    desde já agradeço

    • Caro Cristiano Alexandre,

      pensamos que os mochos açorianos Asio otus, não se dão muito bem com o cativeiro. Pelo menos, do conhecimento que temos, dos casos tentados, a coisa acabou mal; para os mochos, claro…

      Quanto à possível importação de corujas-das-neves, pensamos que a mesma não é possível, sendo mesmo ilegal, por se tratarem de espécies selvagens. E o mesmo vale para a maioria das espécies de aves da Europa e América do Norte.

      Talvez não sejamos a melhor fonte a quem recorrer, neste género de questões, pois aquilo que nos apaixona nas aves é a sua observação, em liberdade, na Natureza, não nos julgando habilitados para opinar sobre espécies de/em cativeiro.

      Cumprimentos

  5. jose antonio diz:

    eu vivi durante muitos anos no canada´eu sei que a coruja das neves e´altamente protegida pela lei , canadiana

  6. Xenon Amaral diz:

    Boas detetei um mocho perto da minha casa, já o tinha visto a meses, mas agora ele tem feito um som espécie de miado / guincho todas as noites, e penso que voa em círculos, já o avistei em casal também voando em forma de arcos com a fêmea.
    Mas gostava de saber o porquê de ele estar constantemente a piar durante a noite?
    Não percebo nada de aves mas esta parece interessante.

    Fajã de Baixo 15, Fevereiro 2015

    • Boa noite Xenon,

      obrigado por nos contactar.

      “U
      m som espécie de miado”, de facto, costumamos associar a um mocho, mas trata-se de uma espécie que não existe nos Açores, o mocho-galego Athene noctua. Da panóplia de sons que conhecemos dos nossos mochos, Asio otus , não conseguimos associar nenhum a um “miado”, no entanto é possível que emitam sons que remetam para tal. Será que pode descrever-nos as aves que observou (tamanho, cores, outras características)? Já agora, porque presume que um deles é uma fêmea, e que se trata de um casal?

      Envio-lhe este link, com diversos sons da espécie, para ver se algum se assemelha ao que ouviu: http://www.xeno-canto.org/species/Asio-otus
      O facto de estar a piar a durante a noite é porque se trata de uma ave de rapina nocturna e, muito provavelmente, nesta altura já estarão a acasalar/defender território.

      Saudações ornitológicas

  7. jose´antonio melo diz:

    nao sou perito em mochos mas passo muito tempo com aves , eu sei que os mochos fazem vários sons de miado a outros sons , mas pelo o que eu já´tive ocasião de ver num tapume de incensos na quinta e´que o macho que e´relativamente maior do que a femea quando la´chega faz estes miados e poucos minutes depois responde a femea com um miado mais fino e pouco tempo depois eles se juntam não quer dizer que se acasalam ficam perto mas não se tocam mirançe um ao outro quando voam os dois fazem circlos que para mim estão a marcar territorio , durante o dia conseguem ficar imoveis durante muito tempo ao ponto de se confudir com a natureza ,

    • Olá José António Melo,

      obrigado pelos seus comentários/informações.

      Será que tem, mais ou menos, alguma ideia em relação às datas dos comportamentos referidos?

      Já agora, aproveitamos para pedir-lhe que, sempre que observe/escute mochos, nos envie esses registos, para: avesdosacores@gmail.com , pois estamos a tentar reunir mais informação sobre a distribuição da espécie pelas ilhas açorianas. Além de que poderá constituir uma boa dica, para quem os queira tentar observar/escutar.

      Saudações ornitológicas

  8. Xenon Amaral diz:

    O Som é exactamente o que me enviou,mais direccionado para o nº2 e o nº5.
    Digo que é um casal porque já os vi a voar juntos à noite e cruzavam-se constantemente no voo, como fosse uma dança a voar, mas normalmente é só um.
    O animal é grande não sei dizer medidas mas é entre o pombo e o milhafre, e é bem camuflado porque certas vezes ouço ele a voar por cima de mim mas não o vejo …
    Já a fêmea tem uma cor meio branca na barriga ou peito (penso eu ser a fêmea).
    Estou apenas curioso porque não percebo muito desses animais, mas pelo que já notei eles não tem orelhas grandes como nas fotos que vi por aqui..
    Se quiserem ouvir ou tentar observar, penso que a ave mora no jardim da marinha da Fajã de Baixo e arredores.

    Se me deixar dicas para observar melhor ou recolher mais informação aceito porque tenho maquina para tirar fotos, só não tirei por azar porque a ave ficou a olhar para mim, mas como estava muito escuro e deixei o auto-foco ligado ela fugiu entretanto, enquanto a câmara tentava focar…. (minha culpa lol )

    • Boa tarde Xenon,

      pois, na verdade os sons que refere assemelham-se a “miados”, mas não dos nossos gatos… 🙂 . O “problema” é que esses sons são de crias a pedir comida e, nesta altura do ano, ainda não há crias. Pelo que sabemos dos mochos açorianos, só a partir de meados de Maio há registos de crias, sendo a maioria dos registos relativa aos meses de Junho, Julho e início de Agosto). Julgamos perceber que os tem ouvido recentemente, não?

      Pela descrição do tamanho, diríamos, pode ser um Asio otus, no entanto eles têm um voo absolutamente silencioso…

      Em relação a “dicas” não é nada fácil. O melhor maneira mesmo, é “fazer uma espera”, desde que saibamos de um pouso certo. Acredite, conhecemos muito boa gente por estas ilhas que anda há anos a tentar fotografar um. Se conseguisse gravar o(s) son(s), em princípio, poderíamos solucionar o “caso” a 100%. Ou, pode ser, que num golpe de sorte consiga alguma foto. Mesmo que não fique genial, poderá dar para uma identificação positiva.

      Boas observações

  9. Xenon Amaral diz:

    sim tem sido todas as noites até estou a ouvir neste momento, vou gravar não sei se vai ser fácil

    • Boa noite Xenon,

      boa sorte então. Daqui a pouco vou à mata de eucaliptos, aqui perto de casa, em São Bartolomeu dos Regatos, para ver se o casal que aqui costuma nidificar se faz ouvir.

      Boas observações

      Carlos Pereira

  10. Xenon Amaral diz:

    Ve se ouves isso, e por acaso a bocado era 2 animais fazendo o mesmo

    • Boa noite Xenon,

      pois, o som é de Asio otus; de crias/juvenis a chamar/pedir comida. Pensava eu. Mas, na verdade, que sabemos nós dos mochos açorianos? Parece que também os adultos podem emitir este tipo de vocalizações.

      Consegue ouvir as aves a grande distância (tipo, cerca de 200-300 metros), ou apenas relativamente perto? A razão da minha pergunta, tem a ver com o facto de, no continente, ter ouvido crias a piar a cerca de um quilómetro de distância. Estes, que costumo ouvir aqui perto de casa, no Verão, ouço-os a cerca de 200 metros distância. Já experimentei afastar-me mais, até aos 500 metros, e consigo escutá-los ainda. É possível que, sem barulhos de fundo (viaturas, vozes, cães a ladrar, etc.) os consiga ouvir a maior distância. Nada que a bibliografia sobre a espécie não descreva, aliás. A minha curiosidade, neste caso, em relação à distância, tem a ver com o pensar que talvez os adultos possam emitir o mesmo tipo de piar, mas numa modulação mais baixa.

      Saudações ornitológicas

      Carlos Pereira

  11. Xenon Amaral diz:

    Boas já identifiquei a árvore em que estão e consigo ver uma delas sempre a sair e voltar, com cor branca no peito. estão a 60 metros de mim em um pinheiro enorme, e sim o som ouve se longe também e é como tivesse mesmo ao nosso lado. Mas já sei onde estão e espero que durante o dia consiga filmar algo para depois postar.
    É sem duvida uma família de mochos. Para quem quiser ouvir ou nunca presenciou ja sabe onde ir.

    mt obrigado voltarei com mais

    • Boa tarde Xenon,

      muito bem. Apenas lhe sugiro que vá e fotografe, mas tente não perturbar as aves. O pior que poderia acontecer, seria uma caça fotográfica “desenfreada” por parte de quem quer ter umas fotos de mocho.

      Vá dando novidades

      Boas observações

  12. Joaquim Costa diz:

    Esta madrugada vi 2 bufos pequenos, um na zona da lixeira na zona industrial cerca das 02h35 e mais ou menos 15 minutos depois vi outro na Canada da Ribeirinha pousado numa árvore à beira do caminho.

    Cumps

  13. jose antonio melo diz:

    muito obrigado ao senhor Joaquim costa pela sua informação .

  14. Joaquim Costa diz:

    Alguem sabe me dizer quais as espécies de mochos que já foram observadas na Ilha Terceira??
    Cumps

    • Boa tarde Joaquim Costa,

      pelo sabemos, além do nosso mocho, foram observadas, até à data, as seguintes espécies de aves nocturnas no arquipélago açoriano: noitibó-europeu Caprimulgus europaeus, coruja-das-neves Bubo scandiacus, coruja-do-nabal Asio flammeus e coruja-das-torres Tyto alba. Na Terceira, apenas existem registos das duas últimas espécies. Como curiosidade, a coruja-das-torres foi observada, na Praia da Vitória, há duas semanas.

      Boas observações

  15. Boa Noite.
    Vivo na terceira zona do cabo da praia e a noites que tenho ouvindo vários que penso serem (Asio otus) no meu quintal e decidi tentar captar algumas imagens, ouço os guinchos de pelo menos quatro direcções diferentes que suponho serem as quatro crias depois um género de latido de ave (se e que se pode dizer latido) que parece de um adulto , depois ficam silenciosos por vários minutos e depois voltam ao mesmo ritual.
    Como as árvores são baixas usei uma lanterna ate chegar perto mais ou menos um metro.
    Fiz este video com o telemóvel.

  16. Boa noite.

    Sim esqueci ou então coloquei mal, espero que agora vai certo.

  17. José Sousa diz:

    Além de comentários, como postar uma foto aqui no fórum?

    • Caro José Sousa,

      as fotos apenas podem ser publicadas pelos administradores do site. Tratando-se de espécies migradoras, poderá enviar-nos o(s) registo(s) que, obedecendo a critérios de publicação, trataremos de publicar no nosso noticiário (“Notícias dos Açores”: https://avesdosazores.wordpress.com/noticiario/registos-de-jun-de-2015/). Ou, no caso de alguma “aves curiosa”, poderemos publicar, precisamente, na rúbrica intitulada “Aves Curiosas”: https://avesdosazores.wordpress.com/1537-2/ . Ainda, em alguns casos, tratando-se de fotos/filmes de mocho, poderemos publicá-los aqui.

      Boas observações

      • Gualter Furtado diz:

        Resido a 2 a 3 Km do Jardim António Borges talvez isto explique em parte o facto de na Primavera passada e mesmo no verão praticamente todas as noites ter uma visita de um Mocho no meu quintal. A nidifificaçao de torcazes e de outras aves neste pequeno habitat que criei também podem explicar estas visitas noturnas. Gualter Furtado

  18. jose antonio melo diz:

    boas tardes , quanto aos nossos amigos mochos este ano , há´ em grande numero , presentemente , temos ouvido, e visto mochos , , com muita frequência , tenho os visto há ´tres semanas para ca´, em pequenos bandos de 3 a 5 , como já´disse a uns tempos atras os machos são ligeiramente maiores do que as femeas

  19. Rita F. diz:

    Boa noite. Eu anteontem avistei um mocho num pasto nos arrifes, eram 18h aproximadamente e ele deixou me aproximar, até parecia me meio surdo porque ouviam se bem os meus passos na relva seca e os disparos da máquina fotográfica nem deu por mim, só quando eu tentei fazer um som para captar a atenção dele é que ele foi embora calmamente. Foi uma aparição espetacular, pois nunca tinha visto um bicho daqueles.

    • Boa noite Rita. Os mochos dos Açores são bastante confiantes e podem deixar-se aproximar bastante, conforme os casos. São sem dúvida aves maravilhosas, e que a maior dos habitantes dos Açores nem sabem que existem. Muitas vezes recebemos comunicações e pessoas espantadas por verem um mocho nos Açores, e nem são assim tão raros como se pode pensar.
      Obrigado e boas observações!

  20. Gualter Braga diz:

    Na ilha de Santa Maria observei vários num pinhal

  21. Raquel Pacheco diz:

    Vi ontem à noite um na berma da estrada na via rápida na ilha terceira, demos a volta para ter a certeza do que era mas ja não estava la, era um mocho com a silhueta igual ao das fotos, o que chamou mais atenção foi a espécie de pestanas compridas. Entre a rotunda do bairro Joaquim Alves e a Casa da Ribeira. Ficamos sem saber se haveria mochos aqui nos Açores mas agora ja sei que sim 😉 há uns anos atrás avistei um na caldeira das Lajes também na ilha Terceira

  22. Rosa diz:

    Boas, moro na ilha do Faial, freguesia de Pedro Miguel, temos há cerca de 2 a 3 semanas ouvido regularmente o piar das crias. Vemos os adultos em voo. Penso que terão ninho junto da ribeira. Ouvimos 2 a piar, quantas crias podem ter? Ou será o adulto a responder a cria?
    Obrigada.

    • Olá Rosa. As ninhadas são geralmente de 5 a 7 ovos, mas é muito raro todos acabarem por singrar. O chamamento das crias é semelhante a um miar de gato, enquanto que os adultos muito raramente emitem sons. É também por esse motivo que esta espécie é a de mais difícil deteção em Portugal, apesar de não ser a mais rara.

  23. Ana Alves diz:

    Boas

    Depois de ler aqui, fui ao portal da biodiversidade da uac e verifiquei que não há presença de coruja das torres na ilha Terceira. No entanto vi uma muito claramente há já alguns anos atrás. Era uma coruja branca de cara branca também. Não sendo a coruja das torres só poderia ser a das Neves, mas esta também não se encontra referida na terceira nesse portal. Tenho a certeza de que não era uma coruja do nabal. Lamento não ter mais detalhes, já foi há uns 15 anos, antes da Internet, do Google maps e das cameras nos telemóveis, mas nessa altura já me interessava muito por aves e recordo-me perfeitamente de a ver, de um muro na rua para um jardim num patamar abaixo, em cima de uma Auracaria, serena e lindíssima.

    • Olá Ana
      Não deveremos confundir presença da ave com o estatudo fenológico da ave. Existe apenas uma espécie de estrigiforme (ordem que inclui mochos e corujas) residente nos Açores, cujo nome vernacular regional é mocho (nome científico Asio otus). Mas acidentalmente, já fomos visitados por outras espécies de mocho/coruja: coruja-das-torres, coruja-do-nabal e coruja-das-neves. Por isso é bem possível que a coruja/mocho observado há 15 anos atrás seja um deles, apesar do seu estatudo de raridade. Agora, para ter a certeza, só recordando pormenores que coincidam com a espécie em questão.

  24. Nuno Martins diz:

    Vi o que penso ser um mocho na estrada do Negrito ás 22:30. Pousou em cima de um sinal de trânsito a uns 7 metros de distância e rodou a cabeça para me observar. Passados 10 segundos tornou a voar. Quando estava pousado era mais ou menos de um tamanho de um pombo, mas a voar as asas eram claramente maiores. Nunca emitiu nenhum pio e voava em absoluto silêncio. Nunca estive tão perto de uma ave de rapina nocturna no seu ambiente. Foi muito interessante!

    • Olá Nuno. As aves noturnas são verdadeiramente extraordinárias, e o que mais impressiona é realmente o silencio do seu voo. Obrigado pela partilha. Iremos publicar este no site, mas falta indicar o dia da observação.

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